Igrejas na luta e em defesa dos atingidos por barragens

Água e energia não são mercadorias!
Protesto aconteceu em Porto Mauá
Em meio à intensa chuva que abençoava o povo, aconteceu no dia 14 de março de 2012, um Ato Público em defesa dos atingidos por Barragens. Dizia a convocação do ato que aconteceu a nível nacional: “Nós, atingidos por Barragens, estamos nas ruas para defender e cobrar nossos direitos, dizer não às barragens, combater as privatizações, diminuir as tarifas de energia e conquistar políticas publicas para produção de alimentos saudáveis de energia.”
Movimento reuniu manifestantes brasileiros e argentinos
Com a presença de diversas entidades e lideranças regionais, tais como padres, pastores/as entre brasileiros e argentinos, atingidos pelas barragens de Panambi e Garrabi, pescadores e integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), procurou-se refletir acerca das incertezas que existem diante de projetos que não dão garantia nenhuma aos atingidos. Dessa forma, centenas de manifestantes fizeram uma marcha pela cidade de Porto Mauá, e contaram com a solidariedade do comércio local, que fechou as portas. Após, houve uma concentração no Pavilhão de Festas dos Navegantes, onde foi realizada uma assembleia.
Um dos objetivos do evento foi cobrar dos governos brasileiro e argentino esclarecimentos e informações sobre o projeto hidrelétrico do complexo Garrabi que está sendo planejado no trecho internacional do rio Uruguai. Neudicléia de Oliveira, da coordenação do MAB, ressalta que hoje em dia mesmo com tantas barragens construídas, não existe uma política adequada que trate dos direitos dos atingidos. “Nessa região a população ribeirinha sofre com a falta de informação sobre o andamento dos projetos e a preocupação maior das famílias atingidas é não haver uma política de tratamento que cuide e garanta as indenizações e os direitos”, afirmou.